Sob o arrimo do discurso político elitista em charges de resistência: a subjetividade subalternizada
DOI:
https://doi.org/10.36517/ep15.96321Palabras clave:
discurso político, elite, charge, letramentoResumen
Participar do debate político e construir posicionamentos fundamentados em acontecimentos discursivos é também uma prática de análise da história. Neste sentido, o presente trabalho objetiva analisar, sob o postulado teórico da Análise do Discurso francesa, uma charge que, ao produzir efeitos de humor, traduz um exercício de resistência ao discurso político elitista do até então ministro Paulo Guedes, quando este criticou o fato de as empregadas domésticas estarem indo à Disney. Ademais, refletimos sobre os novos e multiletramentos, em sua relação com a perspectiva discursiva de análise da referida charge, veiculada na mídia digital, observando a relevância de seu estudo para as aulas de leitura e interpretação de textos. Neste sentido, essa investigação se configura em uma pesquisa empírica, cujo método interpretativo, ao identificar regularidades em enunciados pertencentes a uma formação discursiva político elitista, observa como estas são evidenciadas na contraconduta humorística do gênero charge. Se entre os efeitos que emergem desse discurso político está a subalternização do sujeito, a charge, por outro lado, ajusta-se como um gênero que comunga certas características com a luta anticapitalista, anticolonialista e “antissubalternizadora” da sociedade. Ela insurge, no campo midiático, como prática discursiva que forja respostas não apenas ao sujeito político que legitima seu discurso, mas também à posição enunciativa do sujeito leitor que o questiona.
Descargas
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Fernanda Fernandes Pimenta de Almeida Lima, Claudirene Soares de Morais

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Todos artigos são publicados sob os termos da licença Creative Commons Attribution (CC BY NC 4.0). Sob esta licença, os autores mantêm a propriedade dos direitos autorais de seu conteúdo, mas permitem que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e, embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.