Metodologia da pesquisa funcional-textual
DOI:
https://doi.org/10.36517/ep15.96491Palabras clave:
Funcionalismo, Linguística de texto, metodologia, usoResumen
O Funcionalismo e a Linguística de Texto, por considerarem a análise linguística sempre situada em contextos reais de uso, apresentam várias convergências. Embora tenham suas especificidades, ambas as correntes não prescindem das informações contextuais e das condições sócio-históricas da produção linguística. Considerando essas relações, o objetivo deste artigo é discutir os aspectos metodológicos de uma interface funcional-textual, centrando-se nas interfaces e diálogos entre a Linguística de Texto e duas correntes funcionalistas: o Funcionalismo Norteamericano e a Linguística Funcional Centrada no Uso, fomentando as proposições discutidas, principalmente, em Castanheira (2022) e Cavalcante (2024). Com base, especialmente, em autores como Lakatos e Marconi (1992), Givón (1995), Martelotta (2009), Lacerda (2016), Paiva (2019), Lopes (2022a, 2022b), Furtado da Cunha e Bispo (2023) e Lopes e Rosário (2023), caracterizamos a metodologia da pesquisa funcional-textual, em termos de (i) natureza (básica e aplicada), (ii) abordagem (mista), (iii) objetivo (exploratório, explicativo e descritivo) e (iv) técnicas/procedimentos de pesquisa (pesquisa bibliográfica, estudo de caso, pesquisa-ação, pesquisa descritiva etc.). Em seguida, apresentamos sugestões de aplicação do que se propõe, por meio da descrição das pesquisas publicadas no dossiê “Funcionalismo e Linguística de Texto: interfaces e diálogos”, a que este texto se vincula. Conclui-se que a pesquisa funcional-textual, dado seu caráter plural e holístico, pode enriquecer a análise linguística. Além disso, percebe-se que o pesquisador, nessa empreitada, pode estabelecer diferentes interfaces e diálogos entre essas teorias.
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