Resiliência em tempos de pandemia: Um estudo longitudinal dos índices de sustentabilidade da Bolsa de Valores Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.19094/contextus.2024.93488Palavras-chave:
índices de sustentabilidade, Covid-19, mercado de capitais, cotação, BrasilResumo
Contextualização: A pandemia da COVID-19 se constituiu uma forte ameaça à vida humana e à sociedade, com reflexos significativos no mercado de capitais. A originalidade e a importância do estudo residem na proposta, ainda não realizada, de avaliar o comportamento longitudinal da cotação de três dos principais índices de sustentabilidade da Bolsa de Valores brasileira. Revelando o potencial de oferecer valiosos insights sobre a associação entre o desempenho de investimentos sustentáveis e períodos de crises sanitárias e econômicas.
Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar o comportamento longitudinal da cotação de índices de sustentabilidade da B3 S.A. antes, durante e após a COVID-19. Os índices estudados foram o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), Índice de Carbono Eficiente (ICO2) e o Índice Great Place to Work (IGPTW). Os índices de sustentabilidade da Bolsa de Valores Brasileira avaliam e classificam empresas com base em práticas baseadas em um ou mais pilares da pauta sustentável, com vista a promover investimentos responsáveis. Eles incentivam a transparência e a adoção de melhores práticas de sustentabilidade corporativa.
Método: A pesquisa teve caráter descritivo, abordagem quantitativa e fonte de dados documental. A técnica utilizada foi a Anova de Medidas Repetidas (Anova – MR).
Resultados: Os resultados evidenciaram diferenças estatisticamente significativas na cotação dos três índices no transcorrer do tempo analisado, desta forma, havendo confirmação da H1. Enquanto a H2 foi parcialmente confirmada, vez que o ISE e IGPTW apresentaram um desempenho positivo na comparação da cotação média entre os períodos pré e pós-pandemia.
Conclusões: Um desempenho superior na cotação média de dois dos três índices estudados no primeiro ano de pandemia em comparação com o período pré-pandêmico, bem como, de um modo geral, ao considerar a análise longitudinal de todo o período estudado, pode demonstrar certa resiliência dos índices de sustentabilidade frente à períodos de crise.
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