Por uma epistemologia feminista:
Apontamentos teórico-metodológicos para o fortalecimento das discussões das relações de Gênero no campo da Educação
DOI:
https://doi.org/10.29148/labor.v1i27.80561Palavras-chave:
Gênero., Feminismo., Invisibilidade feminina.Resumo
Quando se aborda sobre poder, automaticamente nos referimos a hierarquia entre opressores e oprimidas, e também entre dominadores e dominadas. Sendo que, nessas relações onde se tem o envolvimento de homens e mulheres, os homens de forma geral dominam o papel principal de opressor. Neste contexto, este artigo pretende fomentar sobre as questões temáticas de feminismo, marxismo e relações de gênero no âmbito da educação, dando destaque a alguns autores e pesquisadores que contribuíram para a definição de gênero e suas consequentes implicações. Com o intuito de romper essas barreiras de estereótipos e diferenças, no âmbito educacional este fator se identifica como uma trilha que permite tanto a professores como alunos, adquirir novas percepções e experiências sobre os padrões existentes na sociedade, buscando reduzir os conflitos entre homens e mulheres, dando mais abertura de aprender com as diferenças. O desenvolvimento do artigo se deu por uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória. Contudo, tal divisão acaba por impor às mulheres menor controle sobre o uso do tempo e constitui-se como elemento fundamental no processo de acumulação de capital. Assim, as análises sobre trabalho e gênero não podem ser feitas sem considerar os diferentes tipos de atividade desenvolvidos sobretudo pelas mulheres, as quais muitas vezes não são consideradas trabalho em sua definição geral.
Referências
ALENCAR, J. et. al. Políticas Públicas e violência baseada no gênero durante a pandemia da Covid-19: ações presentes, ausentes e recomendadas. Brasília: IPEA, 2020. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/P DFs/nota_tecnica/200624_nt_disoc_78.pdf. Acesso em 10.06.2021.
BANDEIRA, L.; BATISTA, A. S. Preconceito e discriminação como expressões de violência. Revista Estudos Feministas, vol. 10, n. 1. Florianópolis, 2002. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2002000100007. Acesso em 02 jun. 2021.
BARBOSA, T. R.; VALVERDE, T. de S. O enfrentamento à violência doméstica contra a mulher no contexto de pandemia. 2020. Disponível em: < http://ri.ucsal.br:8080/jspui/bitstream/prefix/2729/1/TCCTHAYNABARBOSA.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2021.
BONAVIDES, S. S. G.; BAZZO, M. S. A importância do artigo 26, III, da lei Maria da Penha no enfrentamento à violência de gênero. 2017. Disponível em http://direito.mppr.mp.br/arquivos/File/importanciaartigo26.pdf. Acesso em 01 jun. 2021.
BOURDIEU, P. A dominação masculina. Tradução de Maria Helena Kühner. 4 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1998.
BRASIL. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal... Diário Oficial da União. Brasília, DF, 8 ago. 2006.
BRASIL. Lei Maria da Penha enfrenta dificuldades para ser cumprida integralmente. Câmara dos Deputados. Agência Câmara de Notícias. 2013. Disponível em https://www.camara.leg.br/noticias/412750-lei-maria-da-penha-enfrenta-dificuldades-para-ser-cumprida-integralmente/. Acesso em 02 jun. 2021.
BRASIL. Nos 14 anos da Lei Maria da Penha, senadoras pedem ações e mais educação. Senado Federal. Senado Notícias. Anderson Vieira, 07 ago. 2020. Disponível em https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/08/07/nos-14-anos-da-lei-maria-da-penha-senadoras-pedem-acoes-e-mais-educacao#:~:text=Nesta%20sexta%2Dfeira%20(7),avan%C3%A7ada%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20ao%20tema. Acesso em 09 jun. 2021.
BRASIL DE DIREITOS. As conquistas do movimento feminista brasileiro. mar. 2020. Disponível em https://www.brasildedireitos.org.br/noticias/549-as-conquistas-do-movimento-feminista-brasileiro. Acesso em 01 jun. 2021.
BRAVO, R. Pobreza por razones de género: Precisando conceptos. Género y pobreza. Nuevas dimensiones, Irma Arriagada y Carmen Torres (eds.), n. 26, ISIS Internacional, Ediciones de lasMujeres. Santiago de Chile, 1998.
CARNEIRO, A. A.; FRAGALL, C. K. A Lei Maria da Penha e a proteção legal à mulher vítima em São Borja no Rio Grande do Sul: da violência denunciada à violência silenciada. Serv. Soc. Soc., n. 110. São Paulo, 2012. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282012000200008. Acesso em 02 jun. 2021.
COELHO, E. B. S. et al. Políticas públicas no enfrentamento da violência. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2014.
COSTA, F. J. L. da. Estratégia, reforma do estado e políticas públicas no Brasil. Perspectivas em Políticas Públicas. Belo Horizonte, vol. II, n. 4, jul./ dez. 2009.
ENNES, M. MARCON, F. Processos Identitários. Sociologias. Porto Alegre, ano 16, no 35, jan/abr 2014. http://www.scielo.br/pdf/soc/v16n35/a10v16n35.pdf.
GOMES, K. S. Violência contra a mulher e Covid-19: dupla pandemia. Revista Espaço Acadêmico, 224, set./ out. 2020.
HERINGER, F. R. de A. Quantas políticas públicas há no Brasil? O problema da imprecisão conceitual para a avaliação de políticas públicas Senado Federal. Instituto Legislativo Brasileiro (ILB). Disponível em https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/555174/ILB2018_HERINGER.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso 01 jun. 2021.
IBDFAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMÍLIA. Aos 13 anos, Lei Maria da Penha ainda enfrenta obstáculos à plena efetividade. Assessoria de Comunicação, 2019. Disponível em https://ibdfam.org.br/noticias/7019/Aos+13+anos,+Lei+Maria+da+Penha+ainda+enfrenta+obst%c3%a1culos+%c3%a0+plena+efetividade. Acesso em 01 jun. 2021.
KIPNIS, B. J. Mulheres em situação de vulnerabilidade social: contextos, construção simbólica e políticas públicas. Fundação Getúlio Vargas. Escola de Administração de Empresas de São Paulo. São Paulo, 2015. Disponível em https://pesquisa-eaesp.fgv.br/sites/gvpesquisa.fgv.br/files/publicacoes/betriz_kipnis_mulheres_em_situacao_de_vulnerabilidade_social_contextos_construcao_simbolica_e_politicas_publicas.pdf. Acesso em 30 mai. 2021.
MELO, M. A. Estado, governo e políticas públicas. In: MICELI, S. (org.). O que ler na ciência social brasileira (1970-1995), vol. 3, Ciência política, São Paulo/Brasília, Sumaré, Anpocs/Capes, 1999.
MURRAY, D. A loucura das massas. Gênero, Raça e Identidade. Record, 2021.
PEDONE, L. Formulação, implementação e avaliação de políticas públicas. Fundação Centro de Formação do Servidor Público (FUNCEP). Brasília, 1986. Disponível em http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/2982. Acesso 01 jun. 2021.
PFDC - PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO. Cartilha: Lei Maria da Penha & direitos da mulher. Ministério Público, 2011. Disponível http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/mulher/cartilha-maria-da-penha-e-direitos-da-mulher-pfdc-mpf. Acesso em 02 jun. 2021.
RAIHER, A. P. Condição de Pobreza e a Vulnerabilidade da Mulher Brasileira. Informe Gepec, Toledo, v. 20, n. 1, jan./ jun. 2016. Disponível em http://e-revista.unioeste.br/index.php/gepec/article/viewFile/13531/10017. Acesso em 02 jun. 2021.
RUA, M. das G. Políticas públicas. 3. ed. Rev. atua. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/ UFSC. Brasília: CAPES: UAB, 2014. Disponível em https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/145407/1/PNAP%20-%20Modulo%20Basico%20-%20GPM%20-%20Politicas%20Publicas.pdf. Acesso em 02 jun. 2021.
SAFFIOTI, H. I. B. Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. Dossiê: Feminismo em questão, questões do feminismo. Cad. Pagu, n. 16. Campinas, 2001. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332001000100007. Acesso 01 jun. 2021.
SANTOS, C. M.; IZUMINO, W. P. Violência contra as mulheres e violência de gênero: notas sobre estudos feministas no Brasil. E.I.A.L., vol. 16, n. 1, 2005. Disponível em https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/4004126.pdf. Acesso em 02 jun. 2021.
SANTOS, L. S. A. et. al. Impactos da pandemia de COVID-19 na violência contra a mulher: reflexões a partir da teoria da motivação humana de Abraham Maslow. 2020. Disponível em: <https://preprints.scielo.org › preprint › download>. Acesso em: 02 jun. 2021.
SCHNAITH, N. O fundo da imagem na questão feminina. Encontros com a civilização brasileira. v. 26. Número especial: Mulher Hoje. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p. 97- 104.
SCOTT, J. W. O enigma da igualdade. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 13, n. 1, abr. 2005. http://www.culturaegenero.com.br/download/scott.pdf.
SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. Política nacional: de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Brasília, 2011. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/institucional/omv/entenda-a-violencia/pdfs/politica-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres. Acesso em 01 jun. 2021.
VIEIRA, P. R.; GARCIA, L. P.; MACIEL, E. L. N. Isolamento social e o aumento da violência doméstica: o que isso nos revela? Rev. Bras. Epidemiol., 23, 2020: E200033.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) durante o processo editorial informando que o artigo está em processo de publicação, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).