Rigidez Estrutural ao Desenvolvimento no Semi-Árido Nordestino

Autores

  • Assuéro Ferreira

Resumo

Neste artigo, o autor traça um perfil analítico das condições socioeconômicas da região semiárida nordestina com o objetivo de evidenciar sua rigidez estrutural ao desenvolvimento. Este, entendido como um processo de transformação sociocultural cuja tendência histórica incorpora sistematicamente promoção de bem-estar socioeconômico da população de uma específica área ou território. A região semi-árida do Nordeste representa cerca de 58% da área regional, 41% da população e apenas 22% do produto interno bruto, além de secas periódicas que reduzem historicamente, em grande medida, a produção agropecuária com efeitos dramáticos, principalmente sobre os pequenos e médios produtores. Ademais, diante de alta concentração da propriedade rural e urbana, a região semi-árida apresenta os piores indicadores socioeconômicos no contexto brasileiro se constituindo, então, num dos principais pilares de resistência ao próprio desenvolvimento nacional. A superação no médio e longo prazos dessa condição de subdesenvolvimento requer políticas públicas consistentes e sistêmicas, envolvendo os três níveis de governo com a participação efetiva da sociedade civil e não as ações pontuais que costumam acontecer.

Biografia do Autor

Assuéro Ferreira

Doutor em Sociologia, professor da Universidade Federal do Ceará.

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Como Citar

Ferreira, A. (2013). Rigidez Estrutural ao Desenvolvimento no Semi-Árido Nordestino. Revista De Ciências Sociais, 40(1), 7–19. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/493