Mulheres negras que narram a luta pela liberdade individual e/ou coletiva
uma leitura das obras Quarto de Despejo da brasileira Carolina Maria de Jesus e Diário de um exílio sem regresso da moçambicana Deolinda Rodrigues
DOI:
https://doi.org/10.36517/rcs.52.2.a04Palavras-chave:
Literaturas africanas de língua portuguesa, literatura angolana, literatura afrobrasileira, literatura - diáriosResumo
Nesse artigo pretende-se analisar o relato de duas mulheres negras que se apropriaram da escrita para narrar suas histórias, narrando ao mesmo tempo a história da nação de cada uma delas. As autoras, Maria Carolina de Jesus e Deolinda Rodrigues, a primeira brasileira e a segunda angolana, escrevem suas histórias em diários. Investigamos, literariamente, como, em Quarto de despejo: diário de uma favelada, primeira edição em 1960, Carolina Maria de Jesus apresenta uma escrita de si que é também um relato de luta diária dos pobres, negros e mulheres no Brasil pela existência e subsistência. Na obra de Deolinda Rodrigues, Diário de um exílio sem regresso, acompanhamos o relato da luta pela independência da nação angolana feita por uma mulher negra. Nesse artigo comparativo, pretende-se mostrar os distanciamentos e aproximações das estratégias narrativas destas duas mulheres negras.
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