Babalaze das hienas e a memória coletiva moçambicana
a oralidade, a ancestralidade e a escrita poética como narrativa da guerra civil
DOI:
https://doi.org/10.36517/10.36517/rcs.52.1.d02Palabras clave:
Craveirinha, Babalaze das hienas, poesia, memórias de guerraResumen
Este artigo traz uma reflexão sobre a poesia do escritor moçambicano José Craveirinha, na obra Babalaze das hienas (2008). Nessa reflexão analisamos o lugar da oralidade e da africanidade na poesia de Craveirinha, que evoca a memória coletiva do seu país, duramente afetado pela guerra civil. O sentimento nacional e o africanismo evocados na poética de Craveirinha não apenas expõem as dores e os horrores que assolaram o seu povo, mas também apontam caminhos de emancipação identitária, política e cultural das opressões colonialistas. Por estas razões é que a escrita de Craveirinha é, em certa medida, um tratamento africano para preservação de sua cultura. Para tal análise será considerado o poder da oralidade africana na construção deste processo catártico, uma vez que o poeta tem como fonte de inspiração para sua escrita as memórias e as vozes da população atingida pela guerra.
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