Menos é mais
os Waldorfs downshifters
DOI:
https://doi.org/10.36517/10.36517/rcs.52.1.a03Palavras-chave:
downshifting, Pedagogia Waldorf, contraculturaResumo
Este estudo se debruça sobre os downshifters - indivíduos que fazem a opção por desacelerar seus ritmos de vida, buscando equilíbrio entre trabalho e lazer e estilos de vida mais frugais de forma a minimizar os efeitos das sociedades industriais capitalistas urbanas. Explora um tipo particular de comportamento em um estrato social específico - um grupo social formado por famílias que têm filhos em uma escola Waldorf, em Florianópolis, Brasil. Foi possível perceber que os aspectos formadores de movimento altera não só indivíduos, mas também as famílias inseridas no espaço educacional que se apresenta como resistência ao sistema educacional tradicional. Os Waldorf assumem premissas do downshifting. Sob a ótica da contracultura, formam um grupo coeso de classe média que tende a restringir sua rede social àqueles que compartilham o mesmo estilo de vida; suas ações cooperativas fomentam sentimentos de pertencimento e solidariedade que ajudam a legitimar estilos de vida alternativos em uma sociedade consumista.
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