Autonomia, multitarefas e bem-estar: Percepções no teletrabalho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19094/contextus.2022.78275

Palavras-chave:

autonomia pessoal, comportamento multitarefa, bem-estar no trabalho, gestão de pessoas, teletrabalho

Resumo

O objetivo do estudo consistiu em avaliar a percepção de trabalhadores em relação à autonomia, controle atencional para multitarefas e bem-estar. A abordagem é quantitativa, descritiva, survey, de corte transversal. Técnicos-administrativos em educação do Instituto Federal de Santa Catarina responderam aos instrumentos. Concluiu-se que há relação negativa entre controle atencional para multitarefas e bem-estar no trabalho, que a dimensão de motivação autônoma de autonomia se relaciona com o bem-estar e controle atencional para multitarefas se relaciona com motivação autônoma. O estudo contribui para o avanço da compreensão de temas comportamentais, cognitivos e emocionais no contexto do teletrabalho.

Biografia do Autor

Daniele Caroline da Silva, Universidade do Oeste de santa Catarina (UNOESC)

Assistente Administrativa no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC)

Mestre em Administração pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

Sayonara de Fátima Teston, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Professora na Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

Doutora em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Patrick Zawadzki, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Doutorando em Administração na Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

Mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Suzete Antonieta Lizote, Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Professora na Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Doutora em Administração e Turismo pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Ieda Margarete Oro, Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

Professora na Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

Doutora em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Regional de Blumenau (FURB)

Referências

Aderaldo, I. L., Aderaldo, C. V. L., & Lima, A. C. (2017). Aspectos críticos do teletrabalho em uma companhia multinacional. Cadernos EBAPE.BR, 15(Edição Especial), 511-533. https://doi.org/10.1590/1679-395160287

Albuquerque, A. S., & Tróccoli, B. T. (2004). Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(2), 153-164. https://doi.org/10.1590/S0102-37722004000200008

Bachmann, O., Grunschel, C., & Fries, S. (2019). Multitasking and feeling good? Autonomy of additional activities predicts affect. Journal of Happiness Studies, 20(2), 899-918. https://doi.org/10.1007/s10902-018-9973-3

Brown, T. A. (2015). Confirmatory factor analysis for applied research (Second edition). New York: The Guilford Press.

Cao, W., Fang, Z., Hou, G., Han, M., Xu, X., Dong, J., & Zheng, J. (2020). The psychological impact of the COVID-19 epidemic on college students in China. Psychiatry Research, 287, 112934. https://doi.org/10.1016/j.psychres.2020.112934

Charalampous, M., Grant, C. A., Tramontano, C., & Michailidis, E. (2018). Systematically reviewing remote e-workers’ well-being at work: a multidimensional approach. European Journal of Work and Organizational Psychology, 28(1), 51-73. https://doi.org/10.1080/1359432X.2018.1541886

Church, A. T., Katigbak, M. S., Locke, K. D., Zhang, H., Shen, Vargas-Flores, J. J., & Ching, C. M. (2012). Need satisfaction and well-being: testing self-determination theory in eight cultures. Journal of Cross-Cultural Psychology, 44(4), 507-534. https://doi.org/10.1177/0022022112466590

Cohen J. (1988). Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences. (2nd ed.). New York: Lawrence Erlbaum Associates.

Çokluk, Ö., & Koçak, D. (2016). Using Horn’s Parallel Analysis Method in Exploratory Factor Analysis for Determining the Number of Factors. Educational Sciences: Theory & Practice, 16(2), 537-551. https://doi.org/10.12738/estp.2016.2.0328

Corrêa, J. S., Lopes, L. F. D., Almeida, D. M., & Camargo, M. E. (2019). Bem-estar no trabalho e síndrome de burnout: Faces opostas no labor penitenciário. Revista de Administração Mackenzie, 20(3), 1-30. https://doi.org/10.1590/1678-6971/eRAMG190149

Cronbach, L. J. (1951). Coefficient alpha and the internal structure of tests. Psychometrika, 16(3), 297-334. https://doi.org/10.1007/BF02310555

Deci, E. L., Olafsen, A. H., & Ryan, R.M. (2017). Self-determination theory in work organizations: the state of a science. Annual Review of Organizational Psychology and Organizational Behavior, 4(1), 19-43. https://doi.org/10.1146/annurev-orgpsych-032516-113108

Diener, E. (1984). Subjective well-being. Psychological Bulletin, 95(3), 542-575. https://doi.org/10.1007/978-90-481-2350-6_2

Diener, E., Suh, E. M., Lucas, R. E., & Smith, H. L. (1999). Subjective well-being: Three decades of progress. Psychological Bulletin, 125(2), 276-302. https://doi.org/10.1037/0033-2909.125.2.276

Fabrigar, L. R., & Wegener, D. T. (2012). Exploratory factor analysis. Oxford: Oxford University Press.

Faul, F., Erdfelder, E., Buchner, A., & Lang, A.-G. (2009). Statistical power analyses using G*Power 3.1: Tests for correlation and regression analyses. Behavior Research Methods, 41(4), 1149-1160. https://doi.org/10.3758/BRM.41.4.1149

Faul, F., Erdfelder, E., Lang, A.-G., & Buchner, A. (2007). G*Power 3: A flexible statistical power analysis program for the social, behavioral, and biomedical sciences. Behavior Research Methods, 39(2), 175-191. https://doi.org/10.3758/BF03193146

Filardi, F., Castro, R. M. P., & Zanini, M. T. F. (2020). Vantagens e desvantagens do teletrabalho na administração pública: análise das experiências do Serpro e da Receita Federal. Cadernos EBAPE.BR, 18(1), 28-46. https://doi.org/10.1590/1679-395174605

Filgueiras, A., Galvão, B. O., Pires, P., Fioravanti-Bastos, A. C. M., Hora, G. P. R., Santana, C. M. T., & Landeira-Fernandez, J. (2015). Tradução e adaptação semântica do Questionário de Controle Atencional para o Contexto Brasileiro. Estudos de Psicologia, 32(2), 173-185. https://doi.org/10.1590/0103-166X2015000200003

Gnoatto, D. C. G. (2021). O efeito mediador do comprometimento sobre a relação entre estilos de liderança e bem-estar no trabalho (Dissertação de Mestrado). Universidade do Oeste de Santa Catarina, Chapecó, Santa Catarina, Brasil.

Gorsuch, R. L. (2015). Factor analysis (Classic edition). Hillsdale: Routledge, Taylor & Francis Group.

Hair, J. F., Jr., Hult, G. T. M., Ringle, C. M., & Sarstedt, M. (2014). A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). London: Sage.

Hayes, A. F. (2018). Introduction to mediation, moderation and conditional process analysis. (2nd ed.), New York: The Guilford Press.

Kang, H. (2021). Sample size determination and power analysis using the G*Power software. Journal of Educational Evaluation for Health Professions, 18(17). https://doi.org/10.3352/jeehp.2021.18.17

Kirchberg, D. M., Roe, R. A., & Van Eerde, W. (2015). Polychronicity and multitasking: A diary study at work. Human Performance, 28(2), 112-136. https://doi.org/10.1080/08959285.2014.976706

Landis, J. R., & Koch, G. G. (1977). The Measurement of Observer Agreement for Categorical Data. Biometrics, 33(1), 159-174. https://doi.org/10.2307/2529310

Lin, B. Y. J., Lin, Y. K., Lin, C. C., & Lin, T. T. (2011). Job autonomy, its predispositions and its relation to work outcomes in community health centers in Taiwan. Health Promotion International, 28(2), 166-177. https://doi.org/10.1093/heapro/dar091

Lizote, S. A; Teston, S. F., Régis, E. S. O., & Monteiro, W. L. S. (2021). Tempos de pandemia: bem-estar subjetivo e autonomia em home office. Revista Gestão Organizacional, 14(1), 342-362. https://doi.org/10.22277/rgo.v14i1.5735

Lopes, F. T. (2020). Janelas da Pandemia. Belo Horizonte: Editora Instituto DH.

Martins, A. M. (2002). Autonomia e educação: A trajetória de um conceito. Cadernos de Pesquisa, 115, 207-232. https://doi.org/10.1590/S0100-15742002000100009

Mendes, R. A. O., Oliveira, L. C. D., & Veiga, A. G. B. (2020). A viabilidade do teletrabalho na administração pública brasileira. Brazilian Journal of Development, 6(3), 12745-12759. https://doi.org/10.34117/bjdv6n3-222

Michaelis (2021). Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis (2021). https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/autonomia/

Mourão Jr., C. A., & Melo, L. B. R. (2011). Integração de três conceitos: função executiva, memória de trabalho e aprendizado. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(3), 309-314. https://doi.org/10.1590/S0102-37722011000300006

Offer, S., & Schneider, B. (2011). Revisiting the gender gap in time-use patterns. American Sociological Review, 76(6), 809-833. https://doi.org/10.1177%2F0003122411425170

Paschoal, T., Silva, P. M., Demo, G., Fogaça, N., & Ferreira, M. C. (2022). Qualidade de vida no teletrabalho, redesenho do trabalho e bem-estar no trabalho de professores de ensino público no Distrito Federal. Contextus – Revista Contemporânea De Economia e Gestão, 20(2), 1-12. https://doi.org/10.19094/contextus.2022.70500

Paschoal, T., & Tamayo, A. (2008). Construção e validação da escala de bem-estar no trabalho. Avaliação Psicológica, 7(1), 11-22.

Podsakoff, P. M., MacKenzie, S. B., Lee, J.-Y., & Podsakoff, N. P. (2003). Common method biases in behavioral research: A critical review of the literature and recommended remedies. Journal of Applied Psychology, 88(5), 879-903. https://doi.apa.org/doi/10.1037/0021-9010.88.5.879

Posner, M. I. (1980). Orienting of Attention. The Quarterly Journal of Experimental Psychology, 32(1), 3-25. https://doi.org/10.1080/00335558008248231

Prasad, K., Mangipudi, M. R., Vaidya, R. W., & Muralidhar, B. (2020). Effect of occupational stress and remote working on psychological well-being of employees: an empirical analysis during covid-19 pandemic concerning information technology industry in Hyderabad. International Journal of Advanced Research in Engineering and Technology (IJARET), 11(4), 372-389. https://doi.org/10.18843/ijcms/v11i2/01

Proctor, C. (2014). Subjective well-being (SWB). Encyclopedia of Quality of Life and Well-Being Research, 6437–6441.

R Core Team (2021). R: A Language and environment for statistical computing. (Version 4.0) [Computer software]. https://cran.r-project.org

Reis, H. T., Sheldon, K. M., Gable, S. L., Roscoe, J., & Ryan, R. M. (2000). Daily well-being: the role of autonomy, competence, and relatedness. Personality and Social Psychology Bulletin, 26(4), 419-435. https://doi.org/10.1177/0146167200266002

Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016 (2016). http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf

Revelle, W. R. (Photographer). (2017). Psych: Procedures for Personality and Psychological Research. Software

Rosenfield, C. L., & Alves, D. A. (2011). Autonomia e trabalho informacional: o teletrabalho. Dados, 54(1), 207-233. https://doi.org/10.1590/S0011-52582011000100006

Salvucci, D. D., & Taatgen, N. A. (2008). Threaded cognition: an integrated theory of concurrent multitasking. Psychological Review, 115(1), 101-130. https://doi.org/10.1037/0033-295X.115.1.101

Salvucci, D. D., & Taatgen, N. A. (2011). The multitasking mind. Oxford: Oxford University Press.

Sharma, R., Yetton, P., & Crawford, J. (2009). Estimating the effect of common method variance: The method-method pair technique with an illustration form TAM research. MIS Quarterly, 33(3), 473-490. https://doi.org/10.2307/20650305

Sheldon, K. M., Turban, D. B., Brown, K. G., Barrick, M. R., & Judge, T. A. (2003). Applying self-determination theory to organizational research. Research in Personnel and Human Resources Management, 22, 357-393. https://doi.org/10.1016/S0742-7301(03)22008-9

Shih, S. I. (2013). A null relationship between media multitasking and well-being. PLoS ONE, 8(5), e64508.

Siqueira, M. M. M., & Padovam, V. A. R. (2008). Bases teóricas de bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico e bem-estar no trabalho. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 24(2), 201-209. https://doi.org/10.1590/S0102-37722008000200010

Slemp, G. R., Kern, M. L., Patrick, K. J., & Ryan, R. M. (2018). Leader autonomy support in the workplace: a meta-analytic review. Motivation and Emotion, 42, 706-724. https://doi.org/10.1007/s11031-018-9698-y

Steiger, J. H. (1990). Structural Model Evaluation and Modification: An Interval Estimation Approach. Multivariate Behavioral Research, 25(2), 173-180. https://doi.org/10.1207/s15327906mbr2502_4

The jamovi project (2021). jamovi. (Version 1.8) [Computer Software]. https://www.jamovi.org

Theurer, C. P., Tumasjan, A., & Welpe, I. M. (2018). Contextual work design and employee innovative work behavior: when does autonomy matter?. PLOS ONE, 13(10). https://doi.org/10.1371/journal.pone.0204089

Tucker, L. R., & Lewis, C. (1973). A reliability coefficient for maximum likelihood factor analysis. Psychometrika, 38(1), 1-10. https://doi.org/10.1007/BF02291170

Van Horn, J. E., Taris, T. W., Schaufeli, W. B., & Schreurs, P. J. G. (2004). The structure of occupational well-being: A study among Dutch teachers. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 77(3), 365-375. https://doi.org/10.1348/0963179041752718

Xu, S., Wang, Z. (Joyce), & David, P. (2016). Media multitasking and well-being of university students. Computers in Human Behavior, 55, 242-250. https://doi.org/10.1016/j.chb.2015.08.040

Zhou, Q., Li, Q., & Gong, S. (2019). How job autonomy promotes employee’s sustainable development? A moderated mediation model. Sustainability, 11(22), 6445. https://doi.org/10.3390/su11226445

Publicado

2022-06-14

Como Citar

Silva, D. C. da, Teston, S. de F., Zawadzki, P., Lizote, S. A., & Oro, I. M. (2022). Autonomia, multitarefas e bem-estar: Percepções no teletrabalho. Contextus – Revista Contemporânea De Economia E Gestão, 20, 151–167. https://doi.org/10.19094/contextus.2022.78275

Edição

Seção

Artigos