A Relação entre a Educação e o Desenvolvimento Econômico no Brasil no Período de 1950 a 1970
DOI:
https://doi.org/10.29148/labor.v1i25.67957Palavras-chave:
Educação. Capitalismo. Desenvolvimento econômico. Modernização.Resumo
A subordinação da educação ao desenvolvimento econômico brasileiro entre os anos 1950 e 1970 revela elementos marcantes do movimento global capitalista, sobretudo ao evidenciar que o processo de acumulação de capital nos países centrais (denominados desenvolvidos) ocorre em detrimento do desenvolvimento dos países da América Latina, mediante uma relação fundada na exploração do trabalho legitimado pela regulação estatal. A industrialização brasileira e a respectiva complexificação do processo de trabalho exigiram uma força de trabalho especializada e modificações na organização educacional, cujos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade constituiriam o eixo central na formação e/ou qualificação do trabalhador. A dinâmica de reprodução do capital utilizou a educação como um meio para adequar a capacidade produtora dos indivíduos sociais à manutenção do status quo da burguesia em favor dos setores dominantes, sob um insidioso discurso de modernização que ao invés de proporcionar o desenvolvimento econômico e social no Brasil, reafirmou a condição de dependência/subordinação aos países de capitalismo central.
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