A escrita de mulheres como espaço de elaboração de traumas coletivos
uma análise das obras Baratas de Scholastique Mukasonga e Meio Sol Amarelo de Chimamanda Ngozi Adichie
DOI:
https://doi.org/10.36517/10.36517/rcs.52.1.d08Palabras clave:
Guerra, Genocídio, Repetição, Escrita, ElaboraçãoResumen
O presente artigo se propõe a analisar a escrita literária das obras Meio Sol Amarelo (2008) de Chimamanda Ngozi Adichie e Baratas (2018) de Sholastique Mukasonga, considerando que as obras fornecem o espaço terapêutico necessário para que os traumas provenientes de guerras e genocídios em seus países possam ser elaborados. Dessa forma, a escrita das autoras, além de resgatar a história perdida de Ruanda e da Nigéria, permitem a elaboração necessária para que as sociedades que foram construídas em um sistema baseado na violência possam superar a repetição de atos violentos, conforme aponta Sigmund Freud em sua obra Recordar, repetir e elaborar (1914/1911-1913). Além disso, consideramos que a escrita das autoras, retratam as vozes dos que foram duplamente silenciados, no que diz respeito ao silêncio imposto para seu gênero e para sua etnia, o que confere as obras uma dupla potência e significação.
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