Sociologia e Educação Básica: hipóteses sobre a dinâmica de produção de currículo

Autores

  • Simone Meucci Universidade Federal do Paraná (UFPR)
  • Rafael Ginane Bezerra Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Palavras-chave:

Sociologia, Currículo, Ensino Médio, Brasil

Resumo

Este artigo procura deslindar, de modo exploratório, as formas institucionais que permitem a rotinização do conteúdo sociológico nas escolas. Inspirados na teoria dos códigos de Basil Bernstein – em particular a ideia de articulação entre currículo, pedagogia e avaliação – identificamos três instâncias privilegiadas da estabilização do conteúdo da sociologia escolar: o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o modelo que caracteriza as licenciaturas no Brasil. Procura-se argumentar que essas três instâncias, mesmo que de forma heterogênea, têm operado a lógica de seleção que define o conteúdo sociológico no Ensino Médio.

 

Biografia do Autor

Simone Meucci, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Professora do Departamento de Ciência Política e Sociologia
da Universidade Federal do Paraná (UFPR), doutora
em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP), coordenadora do Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação à Docência (PIBID) em Ciências Sociais.

Rafael Ginane Bezerra, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Professor do Departamento de Métodos, Técnicas e Práticas
de Ensino da Universidade Federal do Paraná (UFPR),
doutor em Sociologia pela UFPR, coordenador do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) em
Ciências Sociais.

Referências

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Publicado

2016-01-21

Como Citar

Meucci, S., & Bezerra, R. G. (2016). Sociologia e Educação Básica: hipóteses sobre a dinâmica de produção de currículo. Revista De Ciências Sociais, 45(1), 87–101. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/2420