AS VIAS CONTRADITÓRIAS DA DESANTROPOMORFIZAÇÃO DO REFLEXO NA CIÊNCIA NA MODERNIDADE BURGUESA
DOI:
https://doi.org/10.36517/2025n37id95865Palavras-chave:
Ciência, Método, Ontologia, Marxismo, DesantropomorfizaçãoResumo
O texto retoma e discute teses defendidas por György Lukács na obra A peculiaridade do estético, de 1963, no âmbito do que o autor denomina como reflexo desantropomorfizador da realidade, cujas formas germinais encontram-se, a seu ver, no trabalho e na vida cotidiana, e são desenvolvidas e potencializadas no campo da ciência, no evolver contraditório dos processos históricos de produção e reprodução social. Para o autor, a medida das capacidades do reflexo desantropomorfizador está ligada às forças produtivas sociais, ao patamar alcançado pelo desenvolvimento do trabalho e da ciência de um determinado período, numa imbricação às concepções de mundo e às relações sociais contraditórias que atravessam e se articulam a essas bases materiais específicas. O exame da sociedade burguesa atesta avanços avassaladores de capacidades, forças e meios de produção no socio-metabolismo da indústria com a natureza, sob o comando do capital, para o que concorrem os avanços da ciência, em relações nas quais se torna cada vez mais necessário e também mais difícil ocultar as contradições sociais de base desses processos, estruturados desde as relações da propriedade privada dos meios e das condições gerais da produção.
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Referências
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