REFLEXÕES E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS NA FORMAÇÃO DOCENTE
PERCEPÇÕES DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS (AL) SOBRE A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
DOI:
https://doi.org/10.36517/eemd.v47i94.96305Keywords:
educação básica, formação profissional, LibrasAbstract
Desde o início do século XXI, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) adquiriu o status de língua por meio do Decreto n.° 5.626/2005, que regulamenta a Lei Federal n.º 10.436 de 24 de abril de 2002, que a entende como uma forma de comunicação e expressão, de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituindo-se em um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. No entanto, esse reconhecimento linguístico ainda precisa ser evidenciado no contexto escolar da Educação Básica, especialmente em Alagoas. Nessa direção, este texto objetiva analisar algumas percepções de professores do Ensino Fundamental de uma escola privada da cidade de Palmeira dos Índios (AL) sobre a Libras. Quanto aos aspectos teórico-metodológicos, está embasado em autores basilares como Antonio e Kelman (2019), Gesser (2009), Godoi, Lima e Andrade (2016), Kendrick e Cruz (2020), Lima e Córdula (2017), Mantoan (2015), Quadros (1997, 2003, 2023), Rocha, Oliveira e Reis (2016), e Tavares e Nogueira (2023), entre outros, que estudam questões voltadas à Libras e consiste em uma pesquisa do tipo exploratória descritiva de natureza qualitativa. Como resultados, evidenciou-se que os professores investigados demonstraram uma concepção linguístico-gramatical equivocada sobre Libras, evidenciando uma formação docente deficiente para educação especial e inclusiva, mesmo afirmando terem tido contato com essa língua de natureza visual-motora e com a comunidade surda e/ou com a cultura surda.
Downloads
References
ANTONIO, Luiz Cláudio de Oliveira; KELMAN. Percepções sobre ensino de libras no currículo de formação docente em licenciaturas fluminenses. Perspectivas em Diálogo, Naviraí, v. 6, n. 13, p. 94-110, jul./dez. 2019.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BRASIL. Decreto n.º 5626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n.º 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2005. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 23 jan. 2023.
BRASIL. Lei n.° 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais -Libras e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2002. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/lei10436.pdf. Acesso em: 12 abr. 2024.
DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. Educação escolar inclusiva para pessoas com surdez na escola comum – questões polêmicas e avanços contemporâneos. In: BRASIL. Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília: MEC/SEESP, 2005. p. 108-121.
GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
GODOI, Eliamar; LIMA, Marisa Dias; ANDRADE, Valdete A. Borges (org.). Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS: a formação continuada de professores. Uberlândia: EDUFU, 2016.
KENDRICK, Denielli; CRUZ, Gilmar de Carvalho. Libras e Formação Docente: da Constatação à Superação de Hierarquias. Rev. Bras. Ed. Esp., Bauru, v. 26, n. 4, p. 571-586, out./dez. 2020.
LIBRAS. O que é Libras? [S. l.: s. n.], 2017. Disponível em: https://www.libras.com.br/. Acesso em: 7 nov. 2023.
LIMA, Juliana Acácio Cordeiro de; CÓRDULA, Eduardo Beltrão de Lucena. O ensino da libras no ensino fundamental, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/17/9/o-ensino-da-libras-no-ensino-fundamental. Acesso em: 25 out. 2023.
MANTOAN, M. T. E. (org.). Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Summus, 2015.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Declaração de Salamanca sobre princípios, políticas e práticas em educação especial. Salamanca, Espanha, 1994.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Declaração mundial sobre educação para todos: plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. Jontiem, Tailândia, 1990.
PEREIRA, Maria Cristina da Cunha; VIEIRA, Maria Inês da Silva. Bilinguismo e educação de surdos. Revista Intercâmbio, São Paulo, v. 19, p. 62-67, 2009.
QUADROS, Ronice Müller de. Didática da libras. In: FARIA, Evangelina Maria Brito de; ASSIS, Maria Cristina de (org.). Língua portuguesa e libras: teorias e práticas. 1. ed. João Pessoa: Editora da UFPB, 2012. p. 61-110. Disponível em: http://biblioteca.virtual.ufpb.br/
files/didatica_da_libras_1462972859.pdf. Acesso em: 21 maio 2023.
QUADROS, Ronice Müller de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
QUADROS, Ronice Müller de. Situando as diferenças implicadas na educação de surdos: inclusão/exclusão. Ponto de Vista, Florianópolis, n. 5, p. 81-111, 2003.
ROCHA, L. R. M. da; OLIVEIRA, J. P. de; REIS, M. R. dos (org.). Surdez, educação bilíngue e libras: perspectivas atuais. Curitiba: CRV, 2016.
SILVA, Daniel Neves. Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Uol – Mundo Educação, São Paulo, 2020. 2020. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/educacao/lingua-brasileira-de-sinais-libras.htm. Acesso em: 7 nov. 2023.
TAVARES, J. A.; NOGUEIRA, P. A. S.; Libras nas licenciaturas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba: ensino e inclusão na análise do currículo acadêmico. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, [S. l.], v. 1, n. 23, p.1-18, maio 2023.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Pedro Antonio Gomes de Melo

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte termo: os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)
3.jpg)










