Para além de meras presunções, são os servidores públicos resistentes a mudanças?
DOI:
https://doi.org/10.19094/contextus.v15i3.996Palavras-chave:
Mudança. Resistência. Organizações públicas. Comportamento organizacional. Survey.Resumo
A fim de questionar a crença de que os servidores públicos são prevalentemente resistentes à mudança, este artigo teve por objetivo mensurar o nível de resistência a mudanças entre servidores públicos lotados em uma instituição federal de ensino localizada na região sul do Brasil. Para além de meras presunções, buscou-se elucidar os tipos proeminentes de atitudes frente a mudanças por meio de uma survey realizada junto a 207 servidores da instituição. Os resultados da avaliação possibilitaram desmistificar uma visão tradicionalista das organizações públicas, segundo a qual os servidores são taxados de resistentes à mudança. Na instituição pesquisada, observou-se abertura e aceitação à mudança como princípio central. Além disso, o estudo contribuiu para amortecer crenças de que servidores com mais idade são mais resistentes, bem como de que os técnico-administrativos são mais resistentes em relação aos docentes.
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