A Coletividade como Possibilidade de Resistência ao Trabalho Abstrato na Docência

Autores

  • Susimeire Vivien Rosotti Andrade Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Foz do Iguaçu
  • Patricia Sandalo Pereira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

DOI:

https://doi.org/10.29148/labor.v1i25.62594

Palavras-chave:

Trabalho. Docência. Modo de produção. Coletividade.

Resumo

O artigo é fundamentado na Perspectiva Histórico-Cultural em consonância com o Materialismo Histórico-Dialético, apresenta uma investigação teórico-bibliográfica desenvolvida no âmbito do doutorado finalizado em 2020, discute sobre a compreensão da coletividade para afirmar a relevância da resistência ao trabalho abstrato na docência. Ao articular as categorias possibilidade-realidade a pesquisa demonstra que a coletividade torna essencial uma auto-organização na qual o trabalho entre os membros seja uma atividade fonte de formação dos mesmos e desenvolvimento, que corroboram para a transformação da sociedade. Sabe-se que essa orientação não serve aos interesses do modo de produção capitalista cujo trabalho abstrato atende aos interesses econômicos. O professor não foi poupado destes interesses e o seu trabalho, cujo significado o torna responsável pela educabilidade do ser humano, é fonte de sua formação e desenvolvimento, mas indissociável do indivíduo-sociedade. A realidade evidencia que os professores vivenciam os resultados das mudanças políticas ocorridas no Brasil, em 2016, que favoreceu a agenda neoliberal da educação, que visa atender ao sistema capitalista, portanto, um retrocesso para o trabalho docente. Como realidade-possibilidade são indissociáveis, a coletividade torna-se imprescindível aos professores, pois através dela é favorecido aos membros a compreensão da realidade que é imprescindível no estabelecimento de caminhos para a luta, pois os que vivem nela sabem que há momentos de avançar e momentos de resistir, sendo que este não é sinônimo de imobilismo e, sim, um caminho para avançar.

Biografia do Autor

Susimeire Vivien Rosotti Andrade, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Foz do Iguaçu

icenciada em Matemática pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE (2001), Mestre em Educação para a Ciência e a Matemática pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2012) e Doutora em Educação Matemática pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS (2020). Foi professora da Rede Estadual de Ensino, vinculada ao Núcleo regional de Educação de Foz do Iguaçu/PR, e da Rede Municipal de Ensino. Atualmente é Professora da Área de Educação Matemática, do Centro de Engenharias e Ciências Exatas-Campus Foz do Iguaçu da UNIOESTE, do curso de Licenciatura em Matemática no qual, é membro do colegiado e coordenadora do Estágio Supervisionado obrigatório do curso. Integrante do corpo docente do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ensino (PPGEn) da UNIOESTE. Atua em ações de extensão voltadas a formação de professores de matemática sendo coordenadora do Programa de extensão integrando os alunos do curso em Licenciatura em Matemática à comunidade e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática e Trabalho Docente (GEPEMTD). Tem experiência na área de Educação, com destaque em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, Processos de ensino-aprendizagem-desenvolvimento, Trabalho docente, Formação de professores de matemática e Políticas educacionais. Membro da Sociedade Brasileira de Educação Matemática-SBEM e da Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação-ANPED.

Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9188-8620

Patricia Sandalo Pereira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

ossui graduação em Ciências Habilitação Plena Em Matemática pela Universidade Federal de Uberlândia (1985), mestrado em Educação Matemática (1997) e doutorado em Educação Matemática (2005) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Rio Claro. Atualmente é Diretora do Instituto de Matemática, Docente do curso de Licenciatura em Matemática e do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Docente do Doutorado em Ensino de Ciências da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da UFMS (2011/2013). Chefe do Departamento de Matemática da UFMS (2009/2010). Avaliadora CAPES de Projetos PIBID (2013). Editora-Chefe do Periódico Perspectivas da Educação Matemática da UFMS (2010-2013).Revisora e membro do corpo editorial de inúmeros periódicos.Coordenadora do Projeto CNPq Estado da arte das pesquisas em educação Matemática que tratam da formação de professores produzidas nos Programas de Pós-Graduação das regiões norte, nordeste e centro-oeste no Brasil a partir de 2005 (2011-2013). Coordenadora do projeto em rede Trabalho colaborativo com professores que ensinam Matemática na Educação Básica em escolas públicas das regiões Nordeste e Centro-Oeste, financiado pelo Programa Observatório da Educação - CAPES na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS (Instituição sede) (2013-2016). Colaboradora do Projeto Universal CNPq Mapeamento e estado da arte da pesquisa brasileira sobre o professor que ensina Matemática (2013-2016). Coordenadora adjunta do Grupo de Trabalho Formação de Professores que ensinam Matemática (GT 7) da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (2015-2018). Membro do GT7 - Formação de professores que ensinam Matemática da SBEM. Líder do Grupo de Pesquisa FORMEM - Formação e Educação Matemática. Atualmente desenvolve estudos e pesquisas na área de Educação Matemática e Ensino de Ciências com base nos princípios do Materialismo Histórico Dialético e da Pesquisa Colaborativa, atuando principalmente com Formação de Professores (formação inicial, formação continuada e desenvolvimento profissional).

Orcid: http://orcid.org/0000-0002-7554-0058

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Publicado

2021-04-28

Como Citar

ANDRADE, Susimeire Vivien Rosotti; SANDALO PEREIRA, Patricia. A Coletividade como Possibilidade de Resistência ao Trabalho Abstrato na Docência. Revista Labor, [S. l.], v. 1, n. 25, p. 181–199, 2021. DOI: 10.29148/labor.v1i25.62594. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/labor/article/view/62594. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê

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