Representações sociais da saúde e as relações de trabalho na contemporaneidade:
escuta de trabalhadores da construção civil
DOI:
https://doi.org/10.29148/labor.v1i28.72174Palavras-chave:
Saúde, Doença, CapitalismoResumo
Neste artigo, de natureza histórico-analítica e abordagem qualitativa, busca-se refletir sobre o conceito de saúde a partir das narrativas de nove trabalhadores da construção civil do município de Maringá-PR. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas por meio de WhatsApp. Pauta-se na análise de conteúdo de Bardin (2016) para interpretação dos dados. Os resultados indicam que, para os entrevistados, ter saúde é, acima de tudo, estar apto ao trabalho. Assim, ser saudável é ser produtivo. A falta de registro empregatício formal, marca do neoliberalismo, e a pressão pelo cumprimento de prazos foram citados como fatores geradores de estresse. É possível compreender a existência de maior vulnerabilidade dos trabalhadores que estão na informalidade, em especial, frente à possibilidade de acidentes, comuns à área da engenharia civil. Conclui-se pela validação das críticas à lógica capitalista como comprometedora da saúde dos trabalhadores.
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