FORMAÇÃO DE JOVENS APRENDIZES-TRABALHADORES: trabalho, acidentes e identidades profissionais
DOI:
https://doi.org/10.29148/labor.v2i18.33511Palavras-chave:
Formação para o Trabalho, Identidade Profissional, Jovens Aprendizes-Trabalhadores, Programa Jovem Aprendiz, Região do ABC Paulista,Resumo
O Programa Jovem Aprendiz oportuniza a formação de jovens em determinada profissão, expandindo seus conhecimentos, por mais limitada que seja a formação profissional. A pesquisa qualitativa descritiva em andamento discute as coerções estruturais emergentes das práticas pedagógicas e dos discursos empregados por instituições formadoras dos aprendizes-trabalhadores, Camp e CIEE, parceiras de uma indústria automotiva de São Bernardo do Campo na preparação destes jovens para e no trabalho. Objetivando saber se a formação profissional no trabalho auxiliou um grupo de aprendizes, próximos a concluírem a aprendizagem, a se identificarem com as profissões escolhidas e se o tema acidente do trabalho foi suficientemente abordado, utilizou-se as técnicas de observação direta e dinâmica de grupo guiada por Roteiro de Entrevista. A interlocução sobre as falas dos aprendizes-trabalhadores quanto às suas identificações entre a teoria abordada pelas instituições formadoras e a práxis desenvolvida na indústria automotiva, e o sentido do tema Acidente do Trabalho, é mediada pela sociologia reflexiva de Anthony Giddens (2002). Os resultados apontam que para boa parte dos aprendizes não há correlação entre a parte teórica e a práxis laboral, sentem-se à parte da cultura organizacional da fábrica, reclamam que a disciplina da segurança do trabalho não considera os fatores psicossociais, e preferem ter um emprego ao acertar na escolha da profissão.
Abstract
The Young Apprentice Program allows the training of young people in a given profession, expanding their knowledge, however limited vocational formation. The descriptive qualitative research underway discusses the emerging structural constraints of pedagogical practices and discourses employed by apprentices-workers training institutions, Camp and CIEE, partners of an automotive industry in São Bernardo do Campo in the preparation of these young for and at work. In order to know if the vocational training in the work helped a group of apprentices, to conclude the learning, to identify themselves with the professions chosen and if the subject of work accident was sufficiently approached, the techniques of direct observation and group dynamics were used guided by Interview Script. The interlocution of the learner-worker speeches as to their identifications between the theory approached by the training institutions and the praxis developed in the automotive industry, and the meaning of the Work Accident theme, is mediated by the reflective sociology of Anthony Giddens (2002). The results show that for most of the apprentices there is no correlation between the theoretical part and the labor praxis, they feel apart from the organizational culture of the factory, they complain that the discipline of work safety does not consider psychosocial factors, and prefer to have to employment in choosing the profession.
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