Escolas e Professores na Berlinda:
a extrema direita e o programa escola sem partido
DOI:
https://doi.org/10.29148/labor.v1i22.44040Palavras-chave:
Escola sem Partido, Educação conservadora, Repressão, Liberdade de expressão, Direitos humanosResumo
O Programa Escola Sem Partido (ESP) tem gerado discussões no âmbito acadêmico e ganhou notoriedade nos meios de comunicação. Este artigo objetiva compreender quais são as pretensões e as consequências do ESP e se baseou em uma pesquisa bibliográfica e em materiais midiáticos que tratam do programa em pauta. Diante do que foi estudado, notamos que os princípios de uma educação fundamentada na formação humana vão de encontro à ideologia do ESP, o qual tem caráter tecnicista, isto é, não permite a reflexão crítica dos estudantes acerca de suas realidades. Desse modo, entendemos que as ideias do ESP são extremamente conservadoras e se pautam na expansão da extrema direita. Logo, a discussão dessa problemática, que promove conflitos nas esferas social e educacional, faz-se crucial para que a escola passe a ser um espaço para uma aprendizagem libertadora.
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