Mapeamento sistemático de produções científicas sobre a violência autoinfligida
DOI:
https://doi.org/10.29148/labor.v2i24.44540Palavras-chave:
Publicações, Técnicas prospectivas, Violência autoprovocadaResumo
A violência autoinflingida constitui evento de notificação compulsória que abrange comportamentos suicidas (tentativas de suicídio e suicídio) e autoabusos (agressões a si próprio e automutilações). Propõe-se a analisar utilizando técnicas prospectivas - artigos, dissertações e teses, no idioma português, de programas de pós-graduações brasileiros stricto sensu, pertencentes ao eixo Psicologia, Educação e Ciências Sociais, de 2009 a 2019, presentes nos bancos de dados nacionais identificando-se a evolução anual, o número de publicações por instituição e a área de conhecimento. Realizaram-se buscas e cruzamentos de dados disponibilizados pelo Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CTD/CAPES), pela Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e pela plataforma SciELO (Coleção SciELO Brasil). Das bases consultadas, o CTD/CAPES e a BDTD foram as que mais retornaram resultados abrangendo 84,38% dos trabalhos. Verificou-se que as áreas de conhecimento que mais desenvolveram trabalhos foram Psicologia (62,5%), Tratamento e Prevenção Psicológica (15,63%) e Educação (9,38%). Constatou-se que a Região Sudeste (44%) foi a que mais publicou seguida da Região Nordeste (31%) e da Região Centro-Oeste (16%). Os Estados com maior número de publicações foi Pernambuco (28,13%) seguido por São Paulo (18,75%) e Distrito Federal (9,38%). As Instituições com mais publicações depositadas foram a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, totalizando 31,25% do corpus analisado.
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