A TRANSFORMAÇÃO DAS PRÁTICAS PROFISSIONAIS DOCENTES TENDO COMO REFERÊNCIA A METODOLOGIA TELESSALATM: UM ESTUDO DE CASO DO PROGRAMA AUTONOMIA.
DOI:
https://doi.org/10.29148/labor.v1i19.32836Palavras-chave:
Metodologia TelessalaTM, Programa Autonomia, tranformação, práticas docentes, identidade docente.Resumo
Nesse artigo analisam-se as transformações nas práticas pedagógicas de educadores que utilizaram a Metodologia TelessalaTM no Programa Autonomia entre 2009 e 2015, uma parceria entre a Fundação Roberto Marinho (FRM) e a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC), Brasil, que visava a aceleração de estudos para a conclusão da Educação Básica de alunos em distorção idade-série. Procura-se compreender quais as mudanças que ocorreram na sua identidade profissional e pessoal a partir do trabalho unidocente, interdisciplinar e organizado de forma modular e não seriada; com um currículo contextualizado, problematizado e vivenciado através de uma dinâmica em que o professor assume o papel de mediador pedagógico e o conhecimento é construído coletivamente junto aos educandos, divididos em quatro Equipes. Para esse trabalho, os docentes passaram por um processo de formação continuada, no início de cada módulo, onde se esperava que fortalecessem pressupostos teórico-metodológicos, como a Leitura de Imagem e a escrita do Memorial e dialogassem com a experiência de outros professores; durante os acompanhamentos pedagógicos em sala de aula que objetivavam identificar as suas conquistas e dar atenção aos desafios; e nos encontros de planejamento em grupo, com a presença da Equipe Multidisciplinar. Reflete-se ainda sobre a possibilidade de aplicação dessa didática alternativa no ensino regular ou em outros contextos educacionais, tendo em vista as suas contribuições para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem em contextos de elevados índices de fracasso e evasão escolar.Referências
AMADO, J. Manual de investigação qualitativa em educação. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979.
BEHRENS, M. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2013.
CANÁRIO, R. “O que é a escola? Um ‘olhar’ sociológico. Porto: Porto Editora, 2005.
CHARLOT, B. Da Relação com o saber. Elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2000.
____________. Relação com o saber, formação dos professores e globalização: questões para a educação hoje. Porto Alegre: Artmed, 2005.
COSME, A. Ser professor: a acção docente como uma acção de intelocução qualificada. Porto: Livpisic, 2009.
COSME, A.; TRINDADE, R. Educar e aprender na escola: questões, desafios e respostas pedagógicas. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão, 2010.
CREMA, R. Além das disciplinas: reflexões sobre transdisciplinaridade geral. In: WEIL, P.; D’AMBRÓSIO, U.; CREMA, R. Rumo à nova transdisciplinaridade: sistemas abertos de conhecimento. São Paulo: Summos, 1993.
DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez Editora, 1999.
ESTEVE, J. M. O mal estar docente: a sala de aula e a saúde dos professores. Baurú: EDUSC, 1999.
FIRME, T. P.; TEIXEIRA, J. F.; ALENCASTRO, I. P. de. Avaliação e aprimoramento curricular. Brasília: MEC, 1980.
FREIRE, M. Educador, educa a dor. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
FREIRE, P. A Importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2009.
_________ . Educação como prática da liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 1967.
_________. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
_________. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1987.
GADOTTI, M. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2011.
GUIMARÃES, V. Incluir para transformar: Metodologia Telessala em cinco movimentos. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2013.
MEIRIEU, P. Escolheremos a escola pública para nossas crianças? Lisboa: A. S. A. Editores S. A., 2006.
MEIRIEU, P. O cotidiano da escola e da sala de aula: O fazer e o compreender. Porto Alegre: Atmed, 2005.
MORGADO, J. C. O estudo de caso na investigação em educação. Santo Tirso: De Facto Editores, 2012.
MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015.
_________. Os sete saberes necessários a educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília/DF: UNESCO, 2000.
NÓVOA, A. Professores. Imagem do Futuro Presente. Lisboa: EDUCA, 2009.
________. Profissão Professor. Porto: Porto Editora, 1999.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
_______________. O ofício de aluno e o sentido do trabalho escolar. Porto Editora, , 1995.
_______________. Porquê construir competências a partir da escola? Desenvolvimento da autonomia e luta contra as desigualdades. Porto: A. S. A. Edições S. A., 2001.
PIAGET, J. Para onde vai a educação? Lisboa: LIVROS HORIZONTE LDA, 1990.
STAKE, R. E. A arte da investigação com estudos de caso. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2012.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2004.
TRINDADE, R. Escola, poder e saber: a relação pedagógica em debate. Porto: Livpsic, 2009.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Disponível: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 22, Junho, 2018.
Disponível: <http://www.inep.gov.br>. Acesso em: 22, Junho, 2018.
Disponível: <http://www.ioerj.com.br>. Acesso em: 22, Junho, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) durante o processo editorial informando que o artigo está em processo de publicação, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).